segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

AULA PRÁTICA

Após alguns meses lendo, observando, pesquisando, pensando e questionando as diferentes formas de aprendizagens das crianças, nos foi proposto realizar uma intervenção em sala de aula com duas turmas de 1° ano.
A aula deveria ser algo interessante e significativo para os alunos. Segundo o livro A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos (p.8), a prática de ensino adequada, deverá ser validada e reconstruída a partir do conhecimento que se tem das crianças e dos objetivos do conhecimento, por isso, chegamos a conclusão que utilizar o nome de cada um poderia ser de grande valia.
Portanto, nosso plano de aula foi o seguinte:

DA MALA SAI DE TUDO!
Objetivos: - Identificar/ Reconhecer o próprio nome e local onde nasceram;
                   - Criar espaço para incentivar a imaginação, pensamento e oralidade;
                   - Explorar a motricidade fina;
                   - Associar objetos aos seus nomes.
Atividades:
1) De dentro da maleta surpresa iremos tirar nossos nomes e iremos conversar sobre como é e como se escreve o nosso nome, além de pensar em outras coisas que iniciam com a letra do nome.
A proposta, então, é que cada um encontre em revistas as letras que formam o seu nome, montando uma “plaquinha”.  E que pensem em objetos que também iniciem com esta letra.
2) No chão, colocaremos o mapa do Rio Grande do Sul e com a plaquinha feita anteriormente, identifiquem onde cada um nasceu. Criaremos, então, a legenda deste mapa.
3) Além das pessoas, as coisas também têm nome. Portanto, iremos retirar de dentro da maleta diversos objetos, que os alunos deverão nomear, então, entregaremos o jogo de fichas com as figuras e o nome desses objetos e os grupos terão que encontrar os pares e montar o quebra-cabeça.
Com a mala conseguimos estimular a imaginação das crianças e era visível nos reflexos dos seus corpos que estavam ansiosos para saber o que poderia sair lá de dentro. A cada objeto que tirávamos, o sorriso dos rostos ia aumentando e queriam ver o que mais era capaz de sair de lá. Esta foi uma grande forma de explorar o imaginário de cada um.
Durante o decorrer da aula, podemos observar que todos sabiam a ordem das letras para formar seu nome, também não tiveram dificuldade em procurar, recortar e colar. Neste processo todos iam se ajudando.
A segunda tarefa, de identificar no mapa o lugar onde nasceram, pode-se notar que todos sabiam o nome da cidade, porém nunca tinham se dado conta que mesmo todos agora em Osório, poderiam ter nascido em outros lugares e que estes lugares eram bem próximos da cidade onde moram. Construir a legenda nos levou a um gráfico e a contagem de quantos colegas nasceram em outros municípios.
A última atividade foi a que todos gostaram mais e puderam interagir em grupo. O jogo do quebra-cabeça dos nomes e dos objetos, levou ao raciocínio lógico e rápido, eles montavam, desmontavam, liam, “adivinhavam” pelo desenho, compartilhavam com os colegas, não queriam mais parar de jogar. Como nos afirma o livro Acervos Complementares: as áreas do conhecimento nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental (p.11), com a curiosidade infantil, o jogo, e muitas vezes, a ficção permitem ao aluno um acesso lúdico e interdisciplinar ao objeto de ensino- aprendizagem em questão.
Portanto, a aula ocorreu como o planejado e foi gratificante verificar como cada um reage à determinada atividade e que explorando o pensamento das crianças podemos propor quaisquer atividades que tudo será correspondido.




Um comentário:

  1. Tua prática indica o compromisso com as crianças em processo de alfabetização, garantindo atividades que transitam em diferentes áreas do conhecimento.

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